24.7.07

Dualib, Corinthians e a hora extra no mundo

Quando eu montei esse espaço, prometi a mim mesmo que não seria corinthiano aqui. Não, nada por conta da situação do time, coisa que era mais do que previsível quando se vende metade e mais um do futebol de um clube como o Corinthians à uma empresa que não possui endereço, história e da qual não se sabe nem se o nome é aquele mesmo. Mais ou menos aquele sentimento da ex-mulher do Zé Dirceu se soubesse que ele não era o Zé Dirceu. Complicado, não?

Pois bem, confesso. Isso aqui nasceu por conta do Fantasma do Maracanã, um baita blog de esporte. Acredito piamente que os caras são fantasmas, e talvez entre eles esteja o João Saldanha fazendo graça. Assim sendo, seria um blog que faria graça com tudo e com todos, onde o politicamente correto não seria nem gandula. Isso mesmo, desde de o Setembro Negro, passando pelo Corinthians, tudo seria aqui escrito de uma forma jocosa, e eu tentaria ser um bom palhaço, um bom Joker, um bom Coringa.

Mas aí nasceu Alberto Dualib. Aliás, nasceu há muito tempo, antes mesmo do mundo ser mundo. Talvez essa maldade intrinseca ao homem seja do velho, espécie de Melkor no canto de Ilúvatar. Não, Tolkien não, o Silmarilion é horrível. Enfim, milênios, eras, mundos depois de nascido, Alberto Dualib foi presidir o Corinthians, clube de coração deste que vos escreve. E pouco tempo depois de todo esse tempo que eu já tinha falado (é, Ramirez, é o merda do MacLeod), ele firmou parceira com a MSI, Media Sports Investiment. Porra, se isso não tem nome de picaretagem, Sudam vira nome de igreja!

E hoje, milênios depois, a tal parceria, motivo de investigação do Ministério Público Estadual e Federal e motivo de vergonha para torcedores em geral (e não só corinthianos, pois todos precisam do Corinthians, para o bem e para mal), foi encerrada pelo Conselho de Corinthians - um grupo de velhinhos que deviam aprender a jogar bocha, mas o mundo é injusto.

E vejam só, o senhor Alberto Dualib, o Eterno, votou contra a parceria! É sério, não estou fazendo troça, conforme disse ser o intuito deste espaço algumas linhas acima. Ele votou contra a parceria que ele aceitou no Corinthians como se fosse, sei lá, a Carla Dualib, netinha amada, querida e rica.

Grande e emérito filho da puta. Como tantos fabricados no Brasil. Só que esse dói mais do que qualquer outro.

"E aí, quem rasga a bandeira? Eu tô velho, poxa."