É com barro que se faz merda

Muito se diz das respostas ensaiadas dos nossos boleiros. O clássico "estamos preparados psicologicamente, imbuídos no esquema do professor, sempre respeitando o adversário que é difícil" e demais blá blá blá. Convenhamos, não podemos esperar muito do Carlinhos Bala. E Marx, apesar daquele esquete sensacional do Monthy Phyton, nunca marcou seu golaço em uma final de Campeonato Brasileiro.

Daí que de onde se espera a luz, vem uma defesa formada por Domingos e Betão. Os "professores", aqueles senhores que envergam seus ternos ou roupas do patrocinador de material esportivo, também andam no esquema 4 palavras burras, 3 declarações imbecis e 3 puxa-saquismos com o adversário. Ofensivo, tal qual o esquema, aos ouvidos dos torcedores e rivais.

Exemplo disso é o técnico do Palmeiras, Vanderley Luxemburgo. Ególatra por natureza, Luxa é conhecido como o técnico, filósofo, psicólogo, colecionador de selos e dono de um Stradvarius. De estilo refinado, Luxa tem sempre uma declaração na ponta da língua para o sucesso, em geral envolvendo os "patinhos", como diz o Muricy Ramalho. Mas quando vem o fracasso, ele sai quieto, deixando o nabo para a diretoria.

Ontem mesmo, segundo os jornais, Luxa deu um treino fibroso no Palmeiras. Brigou, xingou, interrompeu, mandou fazer de novo. E se saiu com a desculpa de beque-central da várzea para a atual situação do Palmeiras no Campeonato Brasileiro:

"As pessoas esquecem de que apesar da conquista do título Paulista [quase uma Copa dos Campeões da Europa!] o Palmeiras é um time em formação".

Em formação? Seis meses e o time ainda está em formação? Qual é do Palmeiras? Tá grávido? Tá com desejo? Pediu pizza de cupuaçu e ravioli de macaxeira? Se o Luxa é o pai nessa história, quem é a mãe? O Gilberto Cippulo?

Não dou meio ano para ele sair do Palmeiras. E mais meio ano para o time do Parque Antártica trazer o Tite e cair. Ou, tremei palestrinos, o Celso Roth.

Luxa, enfiado à frente, e Cippulo, cobrindo a retaguarda. Formando um Palmeiras vencedor.